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Juliana Zepka é uma artista franco-brasileira. Ela vive e trabalha em Paris.

Seu trabalho explora as dimensões espectral e memorial da imagem e do arquivo no contexto de suas políticas de reprodução, de digitalizaçãoe e de restituição. Em 2022, ao final de sua graduação no Sandberg Institute (Amsterdã), ela escreveu um manifesto sobre o anarquivo, a pedra angular de sua pesquisa artística: o estudo do arquivo por meio de suas páginas brancas, por meio do invisível, do fictício, do anônimo, do(s) esquecidos(s).


Desde 2021, ela forma uma dupla com o artista sonoro doutorando em direito Thibault Mechler. Suas práticas combinadas exploram as relações entre espaço, som e memória por meio do conceito de "paisagens sonoras". Ela também trabalha sob encomenda para conceber conteúdo visual (gráficos, web design, vídeo) para artistas, instituições culturais e associações.

Gardens of Law

Instalação visual e sonora

Vídeo infravermelho próximo, sistema de som multicanal

Em colaboração com artista sonoro Thibault Mechler

2022

Exposição :

Sandberg Institute Graduation Show, Oude Rechtbank, Amsterdã

Como a arte da jardinagem se relaciona com a prática do direito internacional? Bem que as duas disciplinas pareçam opostas, elas compartilham preocupações comuns, como ordem e desordem, consciência ambiental, demarcação territorial e garantia de "relações de vizinhança" harmoniosas. Por meio de sua autoridade, os jardineiros avaliam, enquadram e aplicam princípios à terra e a seus "habitantes" de acordo com suas necessidades, criando espaços de narração e pensamento eco-lógicos. Mas até que ponto essa autoridade é necessária para manter um clima de paz e coabitação? Qual é o resultado de relações intra-territoriais que não sejem arbitradas? Pode haver um jardim sem um jardineiro?


Gardens of Law explora essas analogias por meio de uma instalação visual e sonora baseada nos jardins do Palácio da Paz, a sede da Corte Internacional de Justiça (Haia, Holanda). Filmada em infravermelho e composta de gravações de áudio nos jardins do Palácio da Paz, a instalação questiona a natureza visível e invisível dos sistemas de demarcação territorial que estão na base da criação de enclaves geográficos artificiais.